A beleza do amor de Mãe

              Tal como o fiz no “Dia do Pai”, quero, por ocasião do “Dia da Mãe” e neste “Ano da Família”, dirigir-me também a todas as mães (das Paróquias que me estão confiadas) para lhes manifestar a minha proximidade, admiração e gratidão.

              Lembro-as, sobretudo neste Dia, com especial simpatia, para as saudar e felicitar.

              Admiro-as pela sua nobre vocação e missão de serviço à vida, acolhida generosamente, amada, cuidada e protegida.

              Agradecemos-lhes a sua incansável e permanente dedicação aos filhos, que Deus lhes deu, o seu acompanhamento atencioso em todas as horas, a preocupação pelo seu crescimento e pela sua educação integral (sem esquecer a dimensão religiosa e cristã). A vida de uma mãe, tal como a de um pai, é a melhor e a mais natural escola de virtudes e de valores (humanos e cristãos) para os seus filhos. Da vida da minha mãe (e do meu pai) eu aprendi e retenho grandes lições que ela me deu e me deixou, como sendo a sua principal herança. Por tantos exemplos de vida de que sempre lhe sou devedor, a minha mãe foi para mim um “catecismo vivo” e marcou sem dúvida a minha vida e a minha vocação para padre.

              Por tudo isto, em cada mãe eu vejo o dom maior e mais belo do amor de Deus, Que nos ama, a cada um de nós, com um amor de Pai mas também com um amor de Mãe. É nesse amor de mãe que os filhos podem facilmente reconhecer e sentir o amor terno e carinhoso de Deus: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, Eu nunca te esqueceria” (Isaías 49, 15).

              Não posso esquecer, de modo particular, todas as mães que sofrem com os eventuais desmandos ou alguma doença grave ou a morte recente de algum filho, que não são devidamente apoiadas nem compreendidas ou que são maltratadas e vítimas da intolerável violência doméstica. Nem aquelas que já partiram (também nesta pandemia da Covid-19) e que agora, certamente, vivem em Deus. Acredito que, se o coração de uma mãe não pode morrer, também uma mãe não pode morrer no coração agradecido daqueles que sabem ser filhos.

              Obrigado, ó Deus, pelo dom de uma mãe! Obrigado, mães, por aquilo que sois e por todo o bem que nos fazeis!

              Maria, a Mãe do Amor Formoso, interceda junto de seu Filho por todas as mães.

              Feliz Dia da Mãe!

P. José Guerra Banha