Ser irmão é um bem precioso
O “Dia dos irmãos”, que se celebra a 31 de maio, parece ser ainda do desconhecimento geral e não ter a mesma relevância que o “Dia do Pai” (19 de março) ou o “Dia da Mãe” (1.º domingo de maio) ou até o “Dia dos Avós” (agora no último domingo de julho). Todos estes “Dias” especiais são de assinalar ainda que com algum gesto simples mas significativo (uma visita, um telefonema, um SMS…), pois evidenciam bem a grande importância da família como pilar de uma sociedade feliz.
Ser irmão ou ter algum irmão é um bem precioso, de valor inestimável. É com os irmãos que, desde muito pequenos, nos socializamos, aprendemos a arte de nos sabermos relacionar com os outros, conhecemos a verdadeira amizade e nos exercitamos na convivência fraterna, hoje em dia cada vez mais necessária.
As famílias agora são cada vez menos numerosas. Aumenta a quantidade de crianças, adolescentes e jovens que são filhos únicos, sem terem qualquer irmão. Por motivações sociais, como a falta de mais apoio à natalidade? Por falta de generosidade? Por receio em relação às incertezas do futuro?… Uma coisa é certa: o crescimento afectivo e a educação daquele(a)s que são filho(a)s único(a)s ficará, porventura, com algumas “marcas”. Em vez do “eu quero”, quanto se pode aprender com os irmãos a pôr à frente “o que querem os outros”.
O maior e o melhor investimento que se pode fazer é nos filhos, dizem-me alguns casais: “esta foi a nossa opção”. E a sociedade civil e a Igreja agradecem.
Desejo que este “Dia dos Irmãos” nos sirva de reflexão. E de uma maior aproximação ou reaproximação entre os irmãos, ainda que distantes ou desavindos, pois é sempre possível recomeçar. E igualmente que, neste mundo marcado por tantas divisões e desentendimentos, contribua para o crescimento de uma verdadeira fraternidade entre todos os homens.
Saudações e felicitações cordiais e fraternas a todos os irmãos do vosso irmão Padre,
Padre José Guerra Banha