Santo e Feliz Natal

Santo e Feliz Natal

Um Deus muito próximo de nós

No Natal celebramos o mistério de um Deus, que, na pessoa de Jesus, se fez muito próximo de cada um de nós, se fez mesmo um de nós, assumindo verdadeiramente carne humana no seio puríssimo da  Virgem Maria: “O Verbo fez-se homem e habitou entre nós”, a rma o Apóstolo S. João no Prólogo do seu Evangelho (Jo. 1, 14). E o Concílio Vaticano II, por sua vez, ao falar-nos do mistério do Verbo Incarnado e de Jesus como o Homem perfeito, escreve: “Pela Sua Incarnação, o Filho de Deus uniu-se de alguma sorte a todo o homem. Trabalhou com mãos humanas, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascendo da Virgem Maria, tornou-se verdadeiramente um de nós, em tudo semelhante a nós, exceto no pecado” (G.S. 22).

Na verdade, pela Sua Incarnação e pelo Seu Natal, Jesus veio ao nosso encontro, fez a Sua morada no meio de nós, montou a Sua tenda, acampou entre nós, fez-se peregrino e companheiro de viagem connosco.

Mas o Natal não nos deve recordar apenas a vinda de Jesus até nós e a exigência de O acolher em nós, mas lança-nos também o desa o de nós próprios irmos até Ele, de nos pormos ao Seu encontro e de O descobrir no presépio da nossa vida e da vida dos nossos irmãos, de quem nos devemos fazer também muito próximos e solidários. Este é o apelo que o Papa Francisco nos faz, desde o início do seu Ponti cado: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar

encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído». Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada” (E.G. 3).

Este é o desa o que nos faz o nosso Lema Pastoral para o ano 2019-2020: “Ser discípulos acompanhantes e acompanhados”. Um desa o a encontrar Jesus também na pessoa daqueles que nos rodeiam e a deixarmos que eles O encontrem em nós, fazendo-nos muito próximos uns dos outros e muito atentos uns aos outros, como irmãos e companheiros de viagem.

Neste sentido, desejo a todos e a cada um(a) um Natal verdadeiramente cristão, na proximidade e intimidade de cada pessoa/lar/família/vizinho, à semelhança da Sagrada Família de Nazaré. P.e José Guerra Banha