Quaresma 2021

Quaresma 2021

imagem DR

imagem DR

VIVER E CELEBRAR A QUARESMA E A PÁSCOA EM FAMÍLIA

              Aproxima-se o início da Quaresma de 2021. Não é um tempo como outro qualquer. Para nós cristãos, deverá ser um especial “tempo de graça e salvação”, como nos apela a Liturgia. E sê-lo-á na medida em que cada um de nós fizer dele um “tempo de conversão” e de  “renovação interior”, mediante um maior esforço por voltar o nosso coração mais para Deus (de quem nos afastamos pelo pecado) e para o amor dos irmãos e suas necessidades reais e concretas. Para isso muito contribuirá a prática da “penitência” interior e exterior.

Desta forma, a Quaresma será um tempo de preparação para a Páscoa, a maior festa do Cristianismo. E “Páscoa” quer dizer “passagem”: da morte à vida verdadeira, de uma maneira de ser e de viver para outra diferente.  Esta é a grande razão de ser da Quaresma como caminho para a Páscoa.

Esta caminhada quaresmal é, por natureza, comunitária, ou seja, feita sobretudo em comunidade, em Igreja: somos todos um povo de santos e de pecadores, em busca de uma vida de maior perfeição e santidade.

Este ano, mais uma vez, por razões do confinamento a que estamos obrigados em prol da saúde pública, dificilmente podemos viver e celebrar a Quaresma e a Páscoa em comunidade paroquial. Mas podemos fazê-lo sobretudo em família, como “igreja doméstica”, que deve ser. Ou mesmo conjuntamente com outras famílias através das redes sociais.

ALGUMAS PROPOSTAS A TER EM CONTA:

  1. Valorizar a oração familiar, em momentos determinados.
  2. “Participar” na celebração da Eucaristia, pelo menos ao domingo, através dos meios de comunicação ( TV, Internet…).
  3. Dar maior atenção à Palavra de Deus, a escutar, meditar e rezar.
  4. Fazer a Via-Sacra, à sexta-feira, e qualquer outra prática de penitência, como forma de nos unirmos ao mistério da Paixão e da Cruz do Senhor.
  5. Fazer a visita e adoração ao Santíssimo em dia e hora de abertura da igreja, v.g. ao domingo.
  6. Praticar a “cultura do cuidado” dos outros e da Criação: entre os membros da família, para com os mais pobres, doentes, sós e idosos, e o próprio ambiente/natureza.
  7. Praticar a “cultura da proximidade”, contra a indiferença, através de gestos simples, tais como um telefonema, uma mensagem, videochamada, etc., bem como da oração.
  8. Contribuir com algum donativo para o “Cesto da Partilha Fraterna”, ao cuidado da “Caritas Paroquial”, em favor dos mais carenciados, a entregar nos dias e horas de abertura da igreja.
  9. Dar importância a alguns sinais ou símbolos (em lugar central da casa): Bíblia aberta, taça com cinza, taça com água, taça com sementes e terra (trigo ou outras), vela/círio (luz) – símbolos da “vida nova”. Além da cruz (no exterior da casa) e do crucifixo (no interior da casa). Podem ajudar à catequização dos mais novos.
  10. Colocar, no exterior da igreja, uma cruz grande (madeira), com um pano roxo; a ornamentar por ocasião da Páscoa (tal como a cruz no exterior de cada casa).
  11. Assegurar a abertura da igreja (da Sagrada Família) por voluntários do “Serviço de Acolhimento”, das 15h00 às 17h00: à sexta-feira (via sacra, oração pessoal) e ao domingo (visita e adoração ao Santíssimo), feitas individualmente ou em grupos muito reduzidos, cumprindo as normas sanitárias.
  12. Colocar uma vela acesa (não inflamável) no exterior da casa e fazer a renovação das promessas baptismais, no sábado santo à noite (Vigília da Páscoa).  E assegurar o toque festivo dos sinos da igreja, no domingo de Páscoa, às 12h00, como anúncio solene da Ressurreição do Senhor.

Na medida em que levarmos a sério estas (e outras) propostas, a Quaresma será para nós (e cada família) um tempo de aprofundamento e de renovação da fé, da esperança e da caridade – tal como nos lembra o Papa Francisco na sua Mensagem para esta Quaresma de 2021, marcada por tantas incertezas devido à pandemia.

Se, entretanto, chegarem algumas orientações gerais ou Mensagem especial, quer da Conferência Episcopal Portuguesa, quer do Bispo da nossa Diocese, nomeadamente a propósito do Sacramento da Confissão ou Reconciliação, enquanto termo da nossa caminhada de conversão quaresmal, encaminhá-las-ei para os contatos disponíveis, com o pedido de uma maior divulgação.

Eu estarei disponível para atender de confissão todas as pessoas que desejarem, de preferência com marcação prévia, cumprindo as normas sanitárias e assegurando o sigilo sacramental.

Desejo a todos os meus amados paroquianos, com a certeza da minha oração e proximidade, uma santa Quaresma e uma santa Páscoa!

P. José Guerra Banha