SER DISCÍPULOS ACOMPANHANTES E ACOMPANHADOS
1. Introdução
Todos somos chamados a ser discípulos da escola do Mestre, que acompanham e se deixam acompanhar. Isto vale para os pais, professores, catequistas, Padre, e tantos outros, em relação aos filhos, aos alunos, aos catequizandos, às suas comunidades, grupos, famílias e cada pessoa em particular.
Discípulos que acompanham e se acompanham, não com um ar de superioridade em relação aos outros, próprio de quem se julga mestre, mas como amigos e irmãos em humanidade e na fé em Jesus Cristo.
Trata-se de fazer caminho uns com os outros, em conjunto, lado a lado, ajudando e deixando-se ajudar, numa relação de muita confiança, de grande proximidade, reciprocidade, cumplicidade e empatia. Sempre em atitude de diálogo permanente e de escuta muito atenta. No respeito pelo ritmo de andamento de cada um e sem desistir perante as dificuldades que possam surgir.
Assim, propomos que esta seja a nossa preocupação pastoral ao longo deste ano (Cf. Papa Francisco, E. G. 169-173). Além de se privilegiar uma “pastoral de acompanhamento”, tal preocupação situa-se na continuação dos lemas pastorais dos anos anteriores: “chamados a ser discípulos missionários” (2018-2019, ano missionário), “caminhar na alegria e na esperança, impelidos pelo amor de Cristo” (2017-2018, 25.º aniversário da criação canónica da Paróquia).
E sempre temos alertado para a necessidade de sabermos “acolher bem” e de “ir ao encontro” dos outros, de modo a fazermos da Paróquia uma “casa de família”, uma comunidade cada vez mais unida, fraterna, acolhedora e missionária. É verdade que os resultados parecem tardar a chegar, mas precisamos de ter a paciência do agricultor que semeia e confiar sobretudo na ação do Espírito Santo, mais do que em nós.
Agora, sem querer desviarmo-nos do mesmo rumo, alertamos para a necessidade de aprendermos todos a “arte de acompanhar”, em especial aqueles que nos estão confiados ou colaboram connosco, que, por sua vez, implica a experiência pessoal de ser acompanhado. Discípulo que acompanha é necessariamente um discípulo acompanhado. Isto supõe, naturalmente, ter tempo para o(s) outro(s) e uma grande dose de humildade.
Que a Sagrada Família de Nazaré, a quem nos confiamos e de quem aprendemos esta “arte de acompanhar e ser acompanhado”, nos ajude a fazer de todos nós, em família e na comunidade paroquial, esta preocupação pastoral, fazendo-nos companheiros de viagem uns dos outros e corresponsáveis pelo bem de todos.
2. Objetivos
a) Dar mais atenção a uma “Pastoral de acompanhamento”;
b) Reforçar laços de proximidade e de entreajuda com os grupos e colaboradores paroquiais e os paroquianos em geral, em especial os jovens e os que mais precisam;
c) Privilegiar a formação de pequenos grupos, onde seja possível um acompanhamento mais personalizado e um encontro mais afetivo;
d) Estar muito atentos à vida real das pessoas e crescer na arte de “saber escutar”;
e) Acompanhar sobretudo pelo testemunho de vida
3. Algumas ações a realizar
a) Acompanhar mais de perto e com mais frequência (pároco e seus colaboradores) os grupos paroquiais (catequese, liturgia, coral, delegados de zona ou lugar da paróquia, etc), os colaboradores paroquiais, as situações de maior fragilidade ou de maior risco (pobres, doentes, idosos, pessoas enlutadas, ex-reclusos, casais ou famílias em sofrimento…).
b) Promover uma catequese de acompanhamento/acompanhado, tanto quanto possível, com grupos mais pequenos.
c) Agendar encontros de oração e de convívio de todos os colaboradores paroquiais (Natal, início e fim do ano pastoral).
d) Agendar encontros de pais com filhos na catequese, a nível geral e por grupos (pároco e catequistas), abordando este tema do “acompanhante/acompanhado”.
e) Implementar o Projeto “Say Yes” (aprender a dizer sim) com grupos de adolescentes e jovens, de preparação para a Jornada Mundial da Juventude (Lisboa, 2022).
f) Encontrar possíveis candidatos para o exercício de alguns serviços ministeriais na Paróquia (acólitos, leitores, ministros extraordinários da comunhão, acolhimento, zeladores da igreja, catequistas…).
g) Acompanhar os casais e as famílias, em especial nos momentos de felicidade ou dolorosos (nascimento dos filhos, aniversário de casamento, jubileus matrimoniais, doença ou falecimento de algum familiar), pessoalmente, por telefone ou mail…
h) Voltar a organizar o “Passeio da Paróquia” e as “Caminhadas da Fé”.
i) Rezar e recitar uma intenção especial na Oração Universal da Missa (domingos e dias santificados), pedindo ao Senhor para que faça de nós verdadeiros discípulos que acompanham e se deixam acompanhar: Por todos nós e pelos cristãos da Paróquia, em especial por aqueles que assumem algum serviço eclesial, para que saibamos ser verdadeiros discípulos que se acompanham, numa relação de fraterna amizade e entreajuda – oremos, irmãos (ao Senhor).
4. Ano Pastoral Paroquial
Tal como nos últimos anos, fazêmo-lo coincidir com o “Ano Litúrgico” ou da Vida da Igreja: desde o Advento até ao Domingo de Cristo Rei. Assim, no Domingo de Cristo Rei (24/11/2019), na Missa Paroquial, será feita a apresentação e o Rito de Compromisso de todos os colaboradores paroquiais.
5. Apreciação e aprovação do Plano Pastoral
Em reunião dos grupos e colaboradores paroquiais, no domingo 20 de outubro, 15h00.